SANTO LEGALIZA VEREADOR 50.420

Maconha, Liberdade e justiça Social!

A maconha é uma planta que acompanha nossa jornada há milênios, sendo parte da cultura que define a humanidade. É alimentação, vestuário, transporte, construção, celebração, fé, saúde, e muito mais.

Mesmo em seu uso enquanto droga é mais segura que a maioria das vendidas nos mercados, que são usadas casualmente todos os finais de semana.

É difícil imaginar por que a planta é perseguida com tamanha violência. Mas na verdade, a proibição nunca foi sobre a substância e suas características, e sim sobre criar regras que possam ser aplicadas seletivamente, para exercer controle sobre os corpos marginalizados.

A proibição é racista, e é absurdo que 524 anos depois ainda tenhamos que lutar contra a mentalidade que mata e encarcera os povos negros e indígenas desde a invasão.

É contraditório que uma planta que já dá lucros bilionários onde é regulamentada, que tem uso terapêutico comprovado e que ajuda na recuperação ambiental siga proibida por motivações fundamentalistas.

Após muitos anos de luta conquistamos pequenas vitórias. O uso medicinal já é senso comum, e o consumo adulto foi descriminalizado em 2024. 

Porém ainda sobram estigmas sobre as usuárias, e há um apartheid jurídico onde o grande capital, que vende óleo de maconha importado, tem respaldo da Anvisa, enquanto quem vende a mesma substância na favela segue alvo da violência estatal.

O tema das drogas é evitado pelos que se dizem progressistas, e usado pelos reacionários como ferramenta do pânico moral. No debate para prefeito, a branquitude sensacionaliza a extrema pobreza, mistifica qualquer uso de droga como problemático, prega a abstinência forçada, a manicomialização e repressão violenta como solução.

Está na hora de gritarmos algumas verdades:

  • A política é branca, careta e aristocrática
  • O uso de drogas é cotidiano em nossa sociedade
  • Uma minoria dos casos se torna problemático
  • Em casos de uso abusivo a pessoa necessita de suporte e não de punição
  • A droga que mais mata é o álcool (85,8%), seguida pelo tabaco (11,5%)

Essas verdades têm que ecoar nos espaços de poder para que haja respeito à autonomia das pessoas usuárias de drogas.

Vamos ocupar uma cadeira na câmara para combater toda discriminação, ser contra multas para quem faz uso de drogas, defender a redução de danos, protocolar um projeto de lei de fornecimento amplo de maconha via SUS, e fortalecer os movimentos como as Marchas da Maconha .

Nosso projeto de lei buscará garantir que todas pessoas tenham acesso a uma maconha de alta qualidade, seja in natura, em extrações ou demais derivados. Nele queremos garantir o direito de quem quer receber o seu óleo via SUS ou associações, e de quem quer fazer o seu cultivo em casa, sem limitações arbitrárias que inviabilizam a posologia que cada paciente necessita.

A produção da maconha para uso medicinal tem que ser nacionalizada, com incentivos para ser plantada pela agricultura familiar, em hortas urbanas e cultivos comunitários. Usando métodos agroflorestais e outros que visem a conservação e restauração ambiental.

Os lucros da legalização dessa indústria, assim como o dinheiro economizado com o fim da repressão à planta devem ser aplicados em programas sociais que fortaleçam as comunidades que mais foram afetadas pela guerra.

Além da liberdade da planta, é preciso lutar por todos os direitos fundamentais, por isso, essa é uma candidatura que se orgulha de ser do PSOL, o Partido Socialismo e Liberdade.

Essa é uma candidatura de uma pessoa não binária, preta e pobre. Comprometida com o antirracismo, com a defesa dos direitos LGBTQIA+, com a luta feminista, com a reforma agrária, com a luta por moradia, com a soberania alimentar, com o desencarceramento, com o fim da Guerra às Drogas, com a luta antimanicomial, com o fim dos maus tratos animais, com a mobilidade sustentável, com a Palestina livre do sionismo e com todos os demais direitos humanos.

O Santo está na luta há mais de 20 anos e já participou de vários movimentos sociais, se dedica intensamente à legalização da maconha, através do seu papel como comunicador e da sua atuação na Marcha da Maconha. Veio para a política institucional ao ver a falta de representatividade e de comprometimento com a causa antiproibicionista. Na câmara vai desbancar ao vivo as falas preconceituosas, desmistificar a informação falsa sobre o uso de drogas e defender os direitos de quem mais precisa.

É hora de levar um maconheiro cultivador para ocupar a câmara municipal de São Paulo.

Santo Legaliza, 50 4e20 aperte o verde e sente a brisa!

Viva a maconha!

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